dc.description.resumo | Em tempos de intensas transformações ocorridas na contemporaneidade, apesar de substanciais estudos avançados acerca do trabalho docente, especialmente no que se refere ao desenvolvimento e qualificação metodológica de práticas docentes nos processos formativos acadêmicos e na atuação profissional de professores, continua-se enraizados resquícios históricos do pensamento iluminista caracterizados por um modelo de ensino linear, estagnado e fragmentado na educação que não consegue mais corresponder aos novos e complexos paradigmas da sociedade do conhecimento.
Não obstante, quando essa situação ocorre no interior da Amazônia, as implicações dessa realidade educacional tornam-se ainda mais agravantes. Embora haja um enfoque relevante acerca da sua alta taxa de biodiversidade, uma parte da sua população vive em condições de qualidade de vida, de forma conflitante e desafiadora, devido a diversos fatores que vão desde as dimensionais barreiras geográficas, impactos ambientais constantes em seus ecossistemas, modelos de desenvolvimento arcaicos, infraestruturas ineficazes, políticas públicas inoperantes até imbricar-se ao pensamento tradicional escolar.
Ademais, lutas ainda são travadas em defesa de uma educação de qualidade, e no caso amazônico, reivindica-se por um ensino que se agregue verdadeiramente à realidade da floresta, o qual contribua com a transformação social, o engajamento socioambiental e emancipação das pessoas através da apropriação tecnológica, do conhecimento livre e da colaboração. É nesse contexto amazônico de conhecimento e produtividade, segregados e escanteados por décadas que certifica-se uma fragilidade do ensino na região norte.
Sob essa lógica, as consideráveis reformulações de políticas educacionais apresentadas pelo atual eixo norteador do sistema educacional brasileiro: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, instituída pela Lei nº 9.394/961, ainda não conseguiram atender de fato as necessidades da sociedade. | pt_BR |