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Título: Análise da antibioticoprofilaxia em um hospital de alta complexidade do Oeste do Pará
metadata.dc.creator: OLIVEIRA, Eliane Martins de
Palavras-chave: Antimicrobianos;Pacientes Cirúrgicos;CCIH
Data do documento: 2022
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: OLIVEIRA, Eliane Martins de. Análise da antibioticoprofilaxia em um hospital de alta complexidade do Oeste do Pará. Orientadora: Leoneide Érica Maduro Bouillet. Coorientadora: Mariana Margarita Martinez Quiroga. 2022. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Biologia) - Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1263
Abstract: The objective of this study was to evaluate the use of antimicrobials for prophylactic purposes in patients in the pre, intra and postoperative periods. The study refers to a quantitative, descriptive, exploratory, documentary and cross-sectional investigation conducted in a public hospital of medium and high complexity in the city of Santarém/PA, using the promptuaries of surgical patients as a source of data from the year 2020. The data obtained were analyzed using descriptive statistics. The variables of interest were: gender, age, length of stay, type of surgery, use of prophylactic antimicrobials in the pre, intra, and postoperative periods, dose repetition, time of administration, recommendation of the Commission for Hospital Infection Control (CCIH), appropriate use, and occurrence of infection during hospitalization. A total of 101 surgical patient records were analyzed, with (52.5%) being women and the most prevalent ages ranging from 30 to 44 years (33.7%). Surgeries were predominantly elective (99.0%), distributed among 10 surgical specialties, with the highest frequency of orthopedic surgery (39; 38.6%) and general surgery (26; 25.7%), oncology and urology specialties with 8 procedures each (16; 17.2%), buccomaxillofacial specialties, gynecology, neurology, gastroenterology, otolaryngology, and vascular surgery were less frequent. The drug Cefazolin was the most prescribed for antibiotic prophylaxis (93.5%). Administration of antimicrobial prophylaxis at the time of induction of anesthesia occurred for (92; 91.1%) patients, with no record of administration of a supplemental dose during surgical procedures. Using the data reported in the promptuaries, it was not possible to show the exact time of discontinuation of these medications. The surgical procedures performed in gynecology, urology, neurology, orthopedics, and otolaryngology followed the recommendations of the institutional protocol regarding the correct choice of drug in relation to the type of surgery, dose, and route of administration in antibiotic prophylaxis. In vascular surgery, it complied with the recommendations, since there is no indication for prophylactic antimicrobial for the surgical procedure performed. Non-compliance occurred in some surgical procedures in oncology, while in buccomaxillofacial surgery, general surgery, and gastroenterology it was not possible to analyze whether or not it was in compliance due to data not collected in most medical records regarding this variable. As for the postoperative period at hospital discharge, it was found that the vascular surgery and gastroenterology specialties complied with the recommendations of the institutional protocol, not prescribing antimicrobials. In all other specialties, patients left the hospital with a prescription for antimicrobials. It is concluded that the studied institution has well structured principles of recommendations on the control of prevention of hospital infection in surgical patients and the practice of antibiotic prophylaxis meets the recommendations of the institutional protocol regarding the correct choice of the drug on the type of surgery, dose, time of onset, and route of administration, for most surgical specialties studied, but with evidence of prolonged use of antimicrobials at hospital discharge, suggesting a possible failure to comply with the safe surgery protocol. Awareness campaigns of the medical team for prescribing antimicrobials at hospital discharge are suggested in order to prevail the rational use of antimicrobials avoiding indiscriminate or abusive use, considered as the main causes of antimicrobial resistance.
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de antimicrobianos para fins profiláticos em pacientes no período pré, intra e pós-operatório. O estudo refere-se a uma investigação quantitativa, descritiva, exploratória, documental e transversal conduzida num hospital público de média e alta complexidade na cidade de Santarém/PA, utilizando os prontuários de pacientes cirúrgicos como fonte de dados do ano de 2020. Os dados obtidos foram analisados utilizando estatísticas descritivas. As variáveis de interesse foram: sexo, idade, tempo de internação, tipo de cirurgia, uso de antimicrobianos profiláticos no período pré, intra e pós-operatório, repetição de dose, tempo de administração, recomendação da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), uso apropriado, e ocorrência de infecção durante a internação. Foi analisado um total de 101 prontuários de pacientes cirúrgicos, sendo (52,5%) as mulheres e as idades mais prevalecentes compreendidas entre 30 e 44 anos (33,7%). As cirurgias foram predominantemente eletivas (99,0%), distribuídas por 10 especialidades cirúrgicas, com a maior frequência de cirurgia ortopédica (39; 38,6%) e cirurgia geral (26; 25,7%), especialidades de oncologia e urologia com 8 procedimentos cada (16; 17,2%), especialidades bucomaxilofacial, ginecologia, neurologia, gastroenterologia, otorrinolaringologia, e cirurgia vascular foram menos frequentes. O medicamento Cefazolina foi o mais prescrito para a profilaxia antibiótica (93,5%). A administração de profilaxia antimicrobiana no momento da indução anestésica ocorreu para (92; 91,1%) pacientes, sem registro de administração de uma dose suplementar durante os procedimentos cirúrgicos. Utilizando os dados informados nos prontuários, não foi possível mostrar a hora exata da descontinuação destes medicamentos. Os procedimentos cirúrgicos realizados em ginecologia, urologia, neurocirurgia, ortopedia e otorrinolaringologia seguiram as recomendações do protocolo institucional relativamente à escolha correta do fármaco em relação ao tipo de cirurgia, dose e via de administração em profilaxia antibiótica. Em cirurgia vascular, cumpriu as recomendações, uma vez que não há indicação de antimicrobiano profilático para o procedimento cirúrgico realizado. O não cumprimento ocorreu em alguns procedimentos cirúrgicos em oncologia, enquanto que em cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia geral, e gastroenterologia não foi possível analisar se estava ou não em conformidade devido a dados não coletados na maioria dos prontuários relativos a esta variável. Quanto ao período pós-operatório na alta hospitalar, verificou-se que as especialidades de cirurgia vascular e gastroenterologia cumpriram as recomendações do protocolo institucional, não prescrevendo antimicrobianos. Em todas as outras especialidades, os pacientes deixaram o hospital com uma prescrição de antimicrobianos. Conclui-se que a instituição estudada tem princípios bem estruturados de recomendações sobre o controle de prevenção da infecção hospitalar em pacientes cirúrgicos e a prática da antibioticoprofilaxia vai ao encontro das recomendações do protocolo institucional relativamente à escolha correta do medicamento sobre o tipo de cirurgia, a dose, o tempo de início e a via de administração, para a maioria das especialidades cirúrgicas estudadas, mas com evidências de uso prolongado de antimicrobianos na alta hospitalar, sugerindo uma possível falha no cumprimento do protocolo de cirurgia segura. Sugere-se campanhas de conscientização da equipe médica para prescrição de antimicrobianos na alta hospitalar de modo a prevalecer o uso racional de antimicrobianos evitando o uso indiscriminado ou abusivo, considerados como as principais causas de resistência microbiana.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1263
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