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https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/2624
Título: | Nanopartículas de prata sintetizadas através de méis de abelha sem ferrão (Melipona compressipes manaosensis) no reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas em ratos wistar (Rattus novergicus albinus) |
metadata.dc.creator: | ABREU, Ana Claudia Souza |
Palavras-chave: | Síntese verde;Cicatrização de feridas;Atividade antimicrobiana;Toxicidade |
Data do documento: | 2024 |
Editor: | Universidade Federal do Oeste do Pará |
Citação: | ABREU, Ana Cláudia Souza. Nanopartículas de prata sintetizadas através de méis de abelha sem ferrão (Melipona compressipes manaosensis) no reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas em ratos wistar (Rattus novergicus albinus). Orientador: Paulo Sérgio Taube Junior; Coorientadora: Márcia Mourão Ramos Azevedo; Coorientador: Tiago Santos Silveira. 2024. 129 p. Dissertação (Mestrado em Biociências) - Instituto de Biodiversidades e Florestas, Programa de Pós-Graduação em Biociências, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/2624. Acesso em: . |
Abstract: | When infected, skin wounds delay the healing process, becoming a public health problem. Stingless bee honey (SWB) has several therapeutic and curative purposes, mainly as an antimicrobial and healing agent, and silver nanoparticles (AgNPs) have been used. The objective of this research was to evaluate the tissue repair process of skin wounds infected with Staphylococcus aureus in an in vivo assay through the application of AgNPs synthesized from SWB honeys. Thirty-five samples of SWB honeys from rural producers in the state of Amazonas were used. These samples underwent physicochemical and biochemical analyses and evaluation of antibacterial activity using the well diffusion assay and Minimum Inhibitory Concentration (MIC) against strains of Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa and Escherichia coli. Of the 35 samples, two samples named JUP1 and JUP2 from the bee species Melipona compressipes manaosensis that had the best antibacterial activities were selected for the synthesis of AgNPs. These AgNPs were characterized by dynamic light scattering (DLS), Zeta Potential (ZP), Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR) and Transmission Electron Microscopy (TEM). Subsequently, the toxicity test of the synthesized AgNPs was performed by means of the in vivo dermal toxicity test. In addition, the in vitro ocular irritation toxicity test was performed. After performing the biosafety tests, the in vivo healing test was started with 60 rats of the species Rattus novergicus albinus that had skin wounds infected with Staphylococcus aureus that were evaluated for 7 and 14 days. After that, macroscopic and microscopic analyses of the wounds were performed according to the date of euthanasia of the animals. The results of the physicochemical and biochemical analysis of the honeys showed variations among the samples since the botanical origin, storage conditions, geographic location and others influence the quality of the honeys. The synthesis of AgNPs of the samples JUP1 and JUP2 was verified by the color change in the colloidal suspensions at concentrations of 3 and 5 mM at 80 ºC and confirmed from the absorption bands in the UV/Vis spectra that were 400 and 800 nm. In addition, similarities were observed between the diameters, surface charges and geometric shapes of the AgNPs. While in the FTIR spectrum of the chemical groups, the presence of phenolic compounds present in the honeys and that were capable of reducing and stabilizing the Ag+ ions is suggested. The acute dermal toxicity test did not show any signs of erythema/scabs or edema in the animals treated with AgNPs JUP1 and JUP2 during the 14 days of observation, and no signs of irritation were observed in the in vitro ocular toxicity test. In the in vivo microbiological analysis, there was variability in the S. aureus count between the groups. The wounds treated with AgNPs JUP1 and JUP2 did not show any evolution in perimeter when compared to those of the negative control group (NaCl 0.9%) and honey from sample JUP1, however, they had the greatest wound contractions in relation to the positive control group (neomycin sulfate) and honey from sample JUP2 on the 3rd and 7th day. In the analysis of fibroblasts, vascular density and collagen fibers, the majority of AgNP samples presented results similar to those described for the negative control group, but when visualizing the alignment of collagen fibers, there was greater parallelism of the collagen fibers of the groups treated with AgNP solutions, honey and positive control. Thus, this study contributes to the tissue repair of infected wounds with the therapeutic use of AgNPs, although healing is a complex mechanism. |
Resumo: | A ferida cutânea quando infectada causa um atraso no processo cicatrização, tornando-se um problema de saúde pública. O mel de abelha sem ferrão (ASF) possui diversas finalidades terapêuticas curativas, principalmente como agente antimicrobiano e cicatrizante, assim como as nanopartículas de prata (AgNPs) têm sido empregadas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o processo de reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas com Staphylococcus aureus em ensaio in vivo por meio da aplicação de AgNPs sintetizada a partir de méis de ASF. Foram utilizadas 35 amostras de méis de ASF provenientes de produtores rurais do estado do Amazonas. Essas amostras passaram por análises físico-químicas, bioquímicas e avaliação de atividade antibacteriana utilizando o ensaio de difusão em poços e Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente a cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. Das 35 amostras, foram selecionadas duas amostras denominadas JUP1 e JUP2 da espécie de abelha Melipona compressipes manaosensis que tiveram as melhores atividades antibacterianas para a realização de síntese de AgNPs. Essas AgNPs foram caracterizadas por meio de espalhamento de luz dinâmico (DLS), Potencial Zeta (PZ), espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Posteriormente, foi realizado o ensaio de toxicidade das AgNPs sintetizadas por meio do teste de toxicidade dérmica in vivo. Além disso, foi feito o teste de toxicidade de irritação ocular in vitro. Após a realização dos testes de biossegurança, foi dado início ao ensaio de cicatrização in vivo com 60 ratos da espécie Rattus novergicus albinus que tiveram feridas cutâneas infectadas com Staphylococcus aureus que foram avaliadas por 7 e 14 dias e após isso foram feitas as análises macroscópicas e microscópicas das feridas de acordo com a data de eutanásia dos animais. Os resultados da análise físico-química e bioquímica dos méis apresentaram variações entre as amostras uma vez que a origem botânica, condições de armazenamento, localidade geográfica e outros, influenciam na qualidade dos méis. A síntese de AgNPs das amostras JUP1 e JUP2 foram constatadas por meio da mudança de coloração nas suspensões coloidais nas concentrações de 3 e 5 mM em 80 ºC e confirmada a partir das bandas de absorção nos espectros de UV/Vis que foram de 400 e 800 nm, além disso, foram observadas similaridades entre os diâmetros, cargas superficiais e formas geométricas das AgNPs. Enquanto no espectro de FTIR dos grupamentos químicos, sugere-se a presença de compostos fenólicos presentes nos méis e que foram capazes de reduzir e estabilizar os íons Ag+. O teste de toxicidade dérmica aguda não apresentou nenhum sinal de eritema/escaras ou de edema nos animais tratados com as AgNPs JUP1 e JUP2 durante os 14 dias de observação, assim como no teste de toxicidade ocular in vitro não foram constatados sinais de irritação. Na análise microbiológica in vivo houve uma variabilidade na contagem da S. aureus entre os grupos. As feridas tratadas com as AgNPs JUP1 e JUP2 não apresentaram evolução do perímetro quando comparadas com àquelas do grupo controle negativo (NaCl 0,9%) e do mel da amostra JUP1, entretanto tiveram as maiores contrações da ferida em relação ao grupo controle positivo (sulfato de neomicina) e o mel da amostra JUP2 no 3ª e 7º dia. Na análise de fibroblastos, densidade vascular e fibras colágenas, as amostras de AgNPs, em maioria, apresentaram resultados similares aos descritos para o grupo controle negativo, porém na visualização do alinhamento das fibras colágenas houve um maior paralelismo das fibras dos colágenos dos grupos tratados com soluções de AgNPs, com os méis e controle positivo. Desse modo, esse estudo colabora para a reparação tecidual de feridas infectadas com o uso terapêutico das AgNPs, apesar de a cicatrização ser um mecanismo complexo. |
URI: | https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/2624 |
Aparece nas coleções: | Dissertações em Biociências (Mestrado) |
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