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Título: Exposição mercurial e a relação do perfil hepático e renal de indivíduos do município de Santarém, Pará
metadata.dc.creator: SOUZA, Suelen Maria Santos de
Palavras-chave: Ciências da saúde;Toxicologia;Mercúrio;Perfil hepático
Data do documento: 7-Fev-2020
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: SOUZA, Suelen Maria Santos de. Exposição mercurial e a relação do perfil hepático e renal de indivíduos do município de Santarém, Pará. Orientador: Maxwell Barbosa de Santana. Coorientadora: Heloisa do Nascimento de Moura Meneses. 2020. 72 f. Dissertação (Dissertação em Biociências) – Programa de Pós-Graduação em Biociências, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/481 Acesso em:
Abstract: Mercury (Hg) is a heavy metal that is present throughout the earth's crust and among all contaminating metals, is found in the highest level of toxicity due to its characteristics of biomagnification and bioaccumulation at different trophic levels, including humans. Studies described in the literature, have already proved that the main target organs for the toxic action of Hg in humans are: brain, lung, digestive tract, renal and hepatic system. Taking into account that other studies have already proven that the population of the Amazon region is environmentally exposed to this metal, the general objective of this study is to evaluate the relationship of the hepatic and renal profile with mercurial exposure in individuals in the city of Santarém, Pará. field research with an observational, descriptive and quantitative approach and was carried out from January 2017 to July 2019, in various locations in the city of Santarém, being divided into urban area, plateau and region of rivers (Amazon and Tapajós Rivers). This work is linked to the Research Protocol approved by the CEP of the State University of Pará UEPA, under the opinion of 1,127,108 and met all the requirements established in resolution 466/2012. To obtain the data, a semi-structured questionnaire was applied, and blood was collected. Blood collection was performed by venipuncture and 10 mL of sample was collected from each volunteer. The measurement of HgT was carried out in the Bioprospecting and Molecular Biology laboratory of the “Universidade Federal do Oeste do Pará-Ufopa” and the enzymatic and biochemical measurements were carried out in the Clinical Analysis Laboratory of the “Fundação Esperança”. The data obtained through the questionnaire were used to trace the epidemiological profile of the individuals through a descriptive analysis using frequency tables. For the quantitative variables, measures of central tendency and dispersion (mean, median and standard deviation) were calculated using the Excel program, a component of Microsoft Office® (version 2013). Then Pearson's chi-square test was applied to observe the homogeneity in the sample distribution in relation to the results (normal and altered) of the values for both sexes, both for normal and altered values, of the renal and hepatic markers, as for Hg levels. Four possible relationships were analyzed: Hg levels and frequency of fish consumption, Hg levels and gender, Hg levels and serum levels of renal markers, Hg levels and serum levels of hepatic markers. The statistical tests were performed using the STATA 7.0 software, with a significance level of 5%. The results show that the biochemical profile of the kidney and liver did not show a statistically significant relationship with mercurial exposure; Of the 236 individuals who participated in this study, 78.4% (N = 185) are exposed to Hg; Communities on the banks of the Tapajós River have higher HgT concentrations than communities on the Amazon River; The individuals who consume fish with high frequency, represented 84.3% of the analyzed sample, being that this group had the highest levels of HgT, an average of 108.4 μg / L. Considering that renal (urea and creatinine) and hepatic (TGO and TGP) markers, used in this study, are proven to be sensitive markers for kidney and liver damage respectively, in the analyzed sample, no individuals with a biochemical profile consistent with kidney and liver damage were found. However, an important question emerges from these data: This exposed population needs to be monitored and clinically needs guidance until it is elucidated how much Hg concentration the body can handle, until it responds with signs and symptoms and / or with biochemical changes.
Resumo: O mercúrio (Hg) é um metal pesado que está presente em toda a crosta terrestre e dentre todos os metais contaminantes, se encontra no maior nível de toxicidade devido as suas características de biomagnificação e bioacumulação nos diferentes níveis tróficos, incluindo os seres humanos. Estudos descritos na literatura, já comprovaram que os principais órgãos alvos da ação tóxica do Hg nos seres humanos são: cérebro, pulmão, tubo digestivo, sistema renal e hepático. Levando em consideração que outros trabalhos já comprovaram que a população da região amazônica está ambientalmente exposta a esse metal, o objetivo geral desse trabalho é avaliar a relação do perfil hepático e renal com a exposição mercurial em indivíduos do município de Santarém, Pará. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem observacional, descritiva e quantitativa e foi realizada no período de janeiro de 2017 a julho de 2019, em diversos locais do município de Santarém, estando dividida em área urbana, planalto e região de rios (rio Amazonas e rio Tapajós). Este trabalho está vinculado ao Protocolo de Pesquisa aprovado pelo CEP da Universidade Estadual do Pará-UEPA, sob o parecer de 1.127.108 e atendeu todos os requisitos estabelecidos na resolução 466/2012. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado e realizada coleta de sangue. A coleta de sangue foi realizada por punção venosa e foram colhidos de cada voluntário 10 mL de amostra. A dosagem do HgT foi realizada no laboratório de Bioprospecção e Biologia Molecular da Universidade Federal do Oeste do Pará-Ufopa e as dosagens enzimáticas e bioquímicas foram realizadas no Laboratório de Análises Clínicas da Fundação Esperança. Os dados obtidos através do questionário foram utilizados para traçar o perfil epidemiológico dos indivíduos através de uma análise descritiva com uso de tabelas de frequência. Para as variáveis quantitativas, foram calculadas as medidas de tendência central e dispersão (média, mediana e desvio padrão) com a utilização do programa Excel, componente do Microsoft Office® (versão 2013). Em seguida foi aplicado o teste do Qui-quadrado de Pearson, para observar a homogeneidade na distribuição da amostra em relação aos resultados (normais e alterados) dos valores para ambos os sexos, tanto para valores normais quanto alterados, dos marcadores renais e hepáticos, quanto para os níveis de Hg. Foram analisadas quatro possíveis relações: Níveis de Hg e frequência no consumo de peixes, níveis de Hg e gênero, níveis de Hg e níveis séricos de marcadores renais, níveis de Hg e níveis séricos de marcadores hepáticos. Os testes estatísticos foram realizados no software STATA 7.0, com um nível de significância de 5%. Os resultados apontam que o perfil bioquímico do rim e do fígado não apresentaram relação estatísticamente significativa com a exposição mercurial; Dos 236 indivíduos que participaram deste estudo, 78,4 % (N=185) estão expostos ao Hg; As comunidades às margens do rio Tapajós tem concentração de HgT maiores que às comunidades do Rio Amazonas; Os indivíduos que consomem peixe com alta frequência, representaram 84,3% da amostra analisada, sendo que este grupo foi o que apresentou os maiores níveis de HgT, uma média de 108,4 μg/L. Considerando que os marcadores renais (ureia e creatinina) e hepáticos (TGO e TGP), utilizados neste estudo, são marcadores comprovadamente sensíveis para lesão renal e hepática respectivamente, na amostra analisada não foi encontrado indivíduos com perfil bioquímico condizente com lesão renal e hepática. Porém uma questão importante emerge a partir desses dados: Essa população exposta precisa ser acompanhada e clinicamente precisa de orientações até que estege elucidado até quanto de concentração de Hg o organismo suporta, até responder com sinais e sintomas e/ou com alterações bioquímicas.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/481
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