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Título: Efeito de genes da família Glutationa S-Transferase em uma população do Baixo Amazonas ambientalmente exposta ao mercúrio
metadata.dc.creator: MENESES, Heloisa do Nascimento de Moura
Palavras-chave: Mercúrio;Saúde ambiental;Interação gene-ambiente
Data do documento: Nov-2016
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: MENESES, Heloisa do Nascimento de. Efeito de genes da família Glutationa S-Transferase em uma população do Baixo Amazonas ambientalmente exposta ao mercúrio. Orientador: Luis Reginaldo Ribeiro Rodrigues. 2016. 98 f. Tese (Doutorado em Sociedade Natureza e Desenvolvimento) – Programa de Pós Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolvimento, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/52.
Abstract: Mercury (Hg) is considered one of the most dangerous toxic metals to the environment and to humans. High Hg levels may induce different types of toxic effects on human health, and the main target is the central nervous system (CNS). One of the main mechanisms involved in neurotoxicity caused by Hg is the oxidative stress and its effect on antioxidant systems. In the Amazon, Hg exposure is primarily due to the intake of fish contaminated with methylmercury (MeHg), and this exposure can be evaluated by the Hg level quantification in blood. It is currently known that deforestation is one of the main reasons for the high levels of Hg in the aquatic ecosystems in the Amazon. However, to the best of our knowledge, there are no recent investigations that evaluate the Hg exposure in a human population of the Lower Amazon region. Therefore, this study aimed to characterize the epidemiological profile of 144 residents of the Santarém municipality, and to investigate the interaction between GSTM1 GSTT1 and GSTP1 (rs1695A>G and rs1138272 C>T) polymorphisms and blood Hg in this population. Higher Hg level was found in individuals with frequently fish intake habits (mean = 25 ± 23.9 μg/L; median = 20.5 μg/L; minimum = 3.7 μg/L; maximum = 181.3 μg/L), of which 68.8% reached Hg levels varying between 10-50μg/L. In addition was also observed that Hg levels increase with age (rs = 0.40; p = 0.0000) and that men had Hg levels higher than women (2 = 17.45; p = 0.0001). The linear regression analysis of our data suggests that fish intake ( = 14.69; p = <0.001), sex ( = 11.55; p = 0.001), GSTM1 deletion ( = 6.42; p = 0.06) and age ( = 0.26; p = 0.04) are more relevant for prediction of Hg level in blood than the polymorphisms of GSTT1 and GSTP1 genes. In this context, it was concluded that the Santarém population is exposed to Hg through to frequently fish intake habit and factors like sex, age and GSTM1 polymorphism are contributing with the high Hg levels found in the blood of analyzed individuals.
Resumo: O mercúrio (Hg) é considerado um dos metais tóxicos mais perigosos para o ambiente e para a saúde humana. O mercúrio (Hg) é considerado um dos metais tóxicos mais perigosos para o ambiente e para a saúde humana. Altos níveis de Hg podem induzir diferentes tipos de efeitos tóxicos sobre a saúde humana e o principal alvo é o sistema nervoso central (SNC). Um dos principaismecanismos envolvidos na neurotoxicidade causada por Hg é o estresse oxidativo e o seu efeito sobre os sistemas antioxidantes. Na Amazônia, a exposição ao Hg é principalmente devido à ingestão de peixe contaminado com metilmercúrio (MeHg), e esta exposição pode ser avaliada pela quantificação do nível de concentração de Hg no sangue. Atualmente sabe-se que o desmatamento é uma das principais razões para os altos níveis de Hg nos ecossistemas aquáticos na Amazônia, porém não há pesquisas recentes que avaliem a exposição ao Hg em uma população humana da região do Baixo Amazonas. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico de 144 indivíduos residentes no município de Santarém e investigar o efeito de polimorfismos nos genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 (rs1695A> G e rs1138272 C> T) sobre os níveis de concentração de Hg no sangue de indivíduos desta população. Dentre os indivíduos estudados, 77,8% consomem peixe frequentemente e foram os que apresentaram maiores níveis de Hg (média = 25 ± 23,9 μg/L; mediana = 20,5 μg/L; mínimo = 3,7 μg/L; máximo = 181,3 μg/L), dos quais 68,8% apresentam níveis de Hg entre 10-50μg/L. Além disso, foi possível observar que os níveis de Hg aumentam com a idade (rs = 0,40;p = 0,0000) e que homens apresentam níveis de Hg mais alto que as mulheres ( 2= 17,45; p = 0,0001). A análise de dados por regressão linear sugere que o consumo de peixe ( = 14,69; p = <0,001), sexo ( = 11,55; p = 0,001), deleção do gene GSTM1 ( = 6,42; p = 0,06) e idade ( = 0,26; p = 0,04) são mais relevantes para a previsão do nível de Hg no sangue do que os polimorfismos dos genes GSTT1 e GSTP1. Neste contexto, concluiu-se que a população de Santarém está exposta ao Hg através do consumo frequente de peixe e que fatores como sexo, idade e polimorfismo do gene GSTM1 estão contribuindo para a manutenção dos níveis elevados deste metal no sangue dos indivíduos avaliados. avaliados.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/52
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