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Título: Crescimento econômico, desenvolvimento socioeconômico e dotação de recursos naturais versus armadilha da pobreza: evidências para Amazônia Legal nas últimas duas décadas (1992-2014).
metadata.dc.creator: CARVALHO, Abner Vilhena de
Palavras-chave: Crescimento;Desenvolvimento;Degradação Ambiental;Pobreza;Armadilha
Data do documento: 17-Dez-2018
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: CARVALHO, Abner Vilhena de. Crescimento econômico, desenvolvimento socioeconômico e dotação de recursos naturais versus armadilha da pobreza: evidências para Amazônia Legal nas últimas duas décadas (1992-2014). Orientador: Jarsen Luis Castro Guimarães. 2018. 385 f. Tese (Doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento) - Programa de Pós-graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/56. Acesso em:
Abstract: From Historical experience has shown that greater reductions in poverty occurred in countries experiencing long periods of sustained economic growth, reinforcing the idea that it would be good for the poor; even better if growth is accompanied by progressive distributional change. In this sense, the pro-poor growth theory has received 'new' attention, noting that increases in income levels alleviate poverty, although economic growth may be more or less effective in doing so, depending on the conditions of each locality, In this way, some countries, especially LDCs that are 'trapped' by structural difficulties, present a situation that has been defined as a 'poverty trap', defined as a self-reinforcing mechanism based on the existence of vicious cycles, leading to persistent incidence poverty and low rates of sustained growth between generations. In addition, the thesis on the causal relationship between the condition of poverty and environmental degradation was disseminated, where greater pressure on the natural resource base would lead to a reinforcement of the poverty trap. In this context, the Legal Amazon has reproduced a peculiar conjuncture, because in this region, the population of the states maintains very high levels of poverty and low quality of life, characterized by a temporal stability, which does not reflect the various transformations that the economy has been going through of the region over the last decades. There is growth from the exploitation of the abundance of its natural resources, in the midst of chronic poverty and the absence of various attempts by the State to promote the development of the region. Thus, analyzing the period from 1992 to 2014, based on PNAD data, a dynamic regression model for poverty was applied; models of bivariate causalities. The results suggested that inequality has minimized the effectiveness of economic growth in reducing poverty, thus provoking growth characterized as not pro-poor; in addition, the persistence of the poverty condition was evidenced given the auto-regressive behavior, and it may consider the existence of a kind of trap. In addition, bi-directional causality of poverty in relation to growth, inequality and deforestation was verified, as well as the latter towards growth and inequality, as well as the unidirectional causality of inequality to growth. Thus, the dynamics examined reveal that the positive variation of growth would be associated with the expansion of deforestation in the previous period, generating income growth in the present and, in turn, reducing poverty and inequality, further expanding deforestation in the later period, the level of poverty and income inequality caused by the increase in income, signaling a kind of extended vicious cycle in which the expansion of deforestation in the past periods, provoke a rise in the level of income and a reduction of poverty and inequality in the present , and these, in turn, provoke 'temporary stagnation of deforestation for a period, all of which will expand in the later period, further increasing the level of deforestation, in the form of reinforcing the poverty trap.
Resumo: A experiência histórica mostrou que maiores reduções na pobreza aconteceram em países que vivenciaram longos períodos de crescimento econômico sustentado, reforçando a ideia de que este seria bom para os pobres; melhor ainda se o crescimento for acompanhado por uma mudança distribucional progressiva. Nesse intuito, a teoria do crescimento pró-pobre recebeu ‘nova’ atenção, constatando que, aumentos dos níveis de renda aliviam a pobreza, embora o crescimento econômico possa ser mais ou menos eficaz em fazê-lo, dependendo das condições de cada localidade, dessa forma, alguns países, sobretudo os PMDs que estão ‘presos’ a dificuldades estruturais, apresentam uma situação que se convencionou de ‘armadilha da pobreza’, definido como mecanismo de auto-reforço, fundamentado na existência de ciclos viciosos, levando à incidência persistente da pobreza e de baixas taxas de crescimento sustentado entre gerações. Além disso, difundiu-se, a tese acerca da relação causal entre a condição de pobreza e a degradação ambiental, em que uma maior pressão sob a base de recursos naturais se traduziria no reforço da armadilha da pobreza. Neste contexto, a Amazônia Legal tem reproduzido uma conjuntura peculiar, pois nesta região, a população dos estados mantém níveis de pobreza muito elevados e baixa qualidade de vida, caracterizado por uma estabilidade temporal, que não reflete as várias transformações pela qual vem passando a economia da região, ao longo das últimas décadas. Existe crescimento, oriundo da exploração da abundância de seus recursos naturais, em meio a uma pobreza crônica e a revelia das diversas tentativas, direcionadas pelo Estado de promover o desenvolvimento da região. Desse modo, analisando o período compreendido entre os anos de 1992 à 2014, com base nos dados das PNADs, aplicou-se um modelo de regressão dinâmica para a pobreza e; modelos de causalidades bivariadas. Os resultados sugeriram que, a desigualdade tem minimizado a efetividade do crescimento econômico em reduzir a pobreza, provocando, dessa forma, um crescimento caracterizado como não pró-pobre; além disso, evidenciou-se a persistência da condição de pobreza dado comportamento auto-regressivo, podendo considerar a existência de uma espécie de armadilha. Ademais, comprovou-se causalidade bidirecional da pobreza em relação ao crescimento, à desigualdade e ao desmatamento, como também deste último para com o crescimento e à desigualdade, assim como, causalidade unidirecional da desigualdade para o crescimento. Destarte, a dinâmica examinada revela que a variação positiva do crescimento estaria associada à expansão do desmatamento no período anterior, gerando crescimento da renda no presente e por sua vez, reduz a pobreza e a desigualdade, expandindo mais ainda o desmatamento no período posterior, ampliando o nível de pobreza e desigualdade de renda, provocado pelo crescimento da renda, sinalizando uma espécie de ciclo vicioso ampliado, na qual a expansão do desmatamento nos períodos passados, provocam a elevação do nível de renda e a diminuição da pobreza e da desigualdade no presente, e estes, por sua vez, provocam ‘estagnação temporária do desmatamento por um período, voltando todos a expandir-se no período posterior, aumentando mais ainda o nível de desmatamento, sob a forma de reforço da armadilha da pobreza.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/56
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