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Título: Efeitos de herbicidas na sobrevivência e comportamento de scaptotrigona aff. Xanthotricha (apidae, meliponini)
metadata.dc.creator: SOUZA, Gernilane Caldeira
Palavras-chave: Abelhas sem ferrão;Mortalidade;Glifosato;Reflexo de extensão de probóscide
Data do documento: 2021
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: SOUZA, Gernilane Caldeira. Efeitos de herbicidas na sobrevivência e comportamento de scaptotrigona aff. Xanthotricha (apidae, meliponini). Orientador: Alanna Socorro Lima da Silva. 2021. 52f. Dissertação (Mestrado em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida) - Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/566
Resumo: A espécie de abelha Scaptotrigona aff. xanthotricha é nativa, sem ferrão. No Brasil, as abelhas sem ferrão são responsáveis pela polinização de 40% a 90% das espécies arbóreas. Porém, elas vêm sofrendo sérias ameaças, as quais estão causando um declínio em suas populações. O uso de agrotóxicos em cultivos agrícolas vem sendo apontado como um dos fatores responsáveis por esse declínio populacional. Embora, serem considerados como seguro ou menos tóxicos para insetos não-alvos, os herbicidas podem apresentar muitos efeitos, tanto letais, quanto subletais às abelhas. Devido a tal fato, o objetivo desse trabalho foi avaliar a taxa de mortalidade, existência de alteração na habilidade do reflexo de extensão da probóscide e ocorrência de alteração na atividade motora das abelhas da espécie Scaptotrigona aff. xanthotricha após exposição às doses comerciais dos herbicidas 2,4-D e glifosato, de modo a testar o efeito desses herbicidas na sobrevivência e comportamento nessa espécie de abelhas sem ferrão. Para isso utilizou-se as maiores e menores doses de campo dos herbicidas indicadas para a cultura da soja. Para a determinação da mortalidade, as abelhas foram intoxicadas com os herbicidas pela via de exposição de contato e a mortalidade das abelhas foi contabilizada ao término de 24h corridas desde o momento do aprisionamento delas. Para avaliar o reflexo de extensão da probóscide (REP) foram oferecidas uma mistura de água e mel (25% mel e 75% água) para cada abelha, com três ofertas e foram avaliadas as respostas positivas e negativas para cada uma. A atividade motora das abelhas expostas aos herbicidas foi avaliada utilizandose caixa de observação comportamental, com raias de 50 cm. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 03 tratamentos e 30 abelhas por tratamento. Os percursos foram filmados por uma câmera digital para posterior análise. A mortalidade nas doses maiores dos herbicidas diminuiu, indicando que as doses menores recomendadas comprometem mais sobrevivência das abelhas. Para o teste de extensão de probóscide houve diferenças significativas para a segunda (z = 3,61; P = 0,0003) e terceira oferta (z = 3,29; P = 0,001). E para o teste de locomoção houve diferenças significativas no tempo de corrida, abelhas contaminadas com Glifosato apresentaram tempo de corrida menor do que as abelhas que não entraram em contato com nenhum herbicida ou que entraram em contato com o herbicida 2,4-D. Sugerindo-se assim que o Glifosato aumentou a atividade locomotora das abelhas. Para o 2,4-D não houve diferença significativa. Os resultados apresentados nessa pesquisa confirmam que os herbicidas 2,4-D e glifosato apresentam efeito negativo e risco a sobrevivência de abelhas. Pois, além dos efeitos que levam as abelhas a morte imediata, podem provocar alterações comportamentais nos indivíduos que influenciam diretamente na manutenção da colônia.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/566
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