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Título: Avaliação da atividade antiedematogênica, antinociceptiva e toxicidade de Myrcia amazonica D.C. (Myrtaceae)
metadata.dc.creator: LOPES, Poliane Silva
Palavras-chave: Pedra-ume-caá;Edema de pata;Contorções abdominais;Hepatoxicidade;Neurotoxicidade
Data do documento: 6-Dez-2017
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: LOPES, Poliane Silva. Avaliação da atividade antiedematogênica, antinociceptiva e toxicidade de Myrcia amazonica D.C. (Myrtaceae). Orientador: Ricardo Bezerra de Oliveira; Coorientadora: Rosa Helena Veras Mourão. 2017. 53 f. Dissertação (Recursos Naturais da Amazônia) - Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Amazônia, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/601. Acesso em:
Abstract: Medicinal plants are considered great importance for obtaining bioactive molecules and for drug discovery, and it is essencial to perform researches to assess their pharmacological and toxicological effects. Myrcia amazonica DC is popularly known as “pedra-ume-caá” in northern Brazil. It is used by the population for the treatment of various diseases such as diseases of inflammatory origin, diabetes and diarrhea. Although being used and sold in markets and fairs as a medicinal plant, there are no published researches about its real pharmacological and toxicological properties, and such studies are essential to ensure the efficacy and safety of plants traditionally used as medicinal. Thus, the aim of this study was to evaluate the antiedematogenic and antinociceptive activities of hydroalcoholic extract of M. amazonica leaves (EHAMa) at doses of 360, 480 and 600mg/kg, and to investigate its potential neurotoxic and hepatotoxic effects. The antiedematogenic activity was evaluated using the paw edema test induced by carrageenin and nociceptive activity by the writhing test induced by acetic acid. The possible neurotoxic effects of acute and subchronic treatment were investigated through the behavioral tests: the Morris water maze and rotating bar. The evaluation of hepatotoxicity was performed by quantitative determination of serum aspartate aminotransferase (AST) and alanine aminotransferase (ALT). The results showed that the EHAMa acute administration (a.a.), significantly inhibited the paw edema induced by carrageenan at 600 mg / kg in 67%, compared with the control group, demonstrating that it has potential as an anti-inflammatory agent. The EHAMa (a.a.) showed analgesic effect in the doses 360, 480 and 600 mg/kg significantly reducing the number of writhes by 42, 40 and 97% respectively. The treatment, both acute and subchronic, with EHAMa at a dose of 600 mg / kg did not cause significant alterations on locomotion, memory and learning Wistar rats. The results for the levels of ALT and AST enzymes in the serum of mice have shown that the treatment for 21 days with EHAMa at a dose of 600 mg / kg had significant difference compared with the control group, in order to reduce the levels of these enzymes in 23% for AST and 42% for ALT, can thus suggesting a possible effect hepatoprotective well as the absence of hepatotoxic effects. These results indicate a pharmacological potential of EHAMa, which explains in part the use of this specie by the population. However, further studies are needed to know the active ingredients of the specie and its possible mechanisms of action.
Resumo: As plantas medicinais são consideradas de grande importância para obtenção de moléculas bioativas e para a descoberta de novos fármacos, sendo necessária a realização de pesquisas que avaliem os seus efeitos farmacológicos e toxicológicos. Myrcia amazonica DC é conhecida popularmente como “pedra-ume-caá” na região norte do Brasil. Esta é utilizada pela população para o tratamento de várias patologias, como doenças de origem inflamatória, diabetes e diarreia. Apesar de ser utilizada e comercializada em mercados e feiras como planta medicinal, não há pesquisas publicadas a respeito de suas reais propriedades farmacológicas e toxicológicas, sendo que tais estudos são essenciais para garantir a eficácia e segurança de plantas utilizadas tradicionalmente como medicinais. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades antiedematogênica e antinociceptiva do extrato hidroalcóolico das folhas de M. amazonica (EHAMa) nas doses de 360, 480 e 600mg/kg, além de investigar seus possíveis efeitos neurotóxicos e hepatotóxicos. A atividade antiedematogênica foi avaliada por meio do teste de edema de pata induzido por carragenina em ratos wistar e a atividade antinociceptiva, pelo teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundondos swiss. Os possíveis efeitos neurotóxicos do tratamento agudo e subcrônico foram investigados por meio dos testes comportamentais: labirinto aquático de Morris e barra giratória. A avaliação da hepatotoxicidade foi realizada por meio da determinação quantitativa dos níveis séricos das enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). Os resultados obtidos mostraram que o EHAMa, administração aguda (a.a.), inibiu significativamente o edema de pata induzido por carragenina na dose de 600 mg/kg em 67%, em comparação com o grupo controle, demonstrando que o mesmo tem potencial como agente anti-inflamatório. O EHAMa (a.a.) apresentou efeito antinociceptivo nas doses de 360, 480 e 600 mg/kg reduzindo significativamente o número de contorções abdominais em 42, 40 e 97% respectivamente. O tratamento, tanto agudo quanto subcrônico, com o EHAMa na dose de 600mg/kg, não provocou alterações significativas sobre a locomoção, memória e aprendizagem de ratos Wistar. Os resultados encontrados para os níveis das enzimas ALT e AST no soro de ratos mostraram que o tratamento por 21 dias com o EHAMa na dose de 600 mg/kg, teve diferença significativa quando comparado ao grupo controle, no sentido de diminuir os níveis dessas enzimas em 23% para AST e 42% para ALT, pode-se assim sugerir um possível efeito hepatoprotetor bem como a ausência de efeitos hepatotóxicos. Esses resultados indicam um potencial farmacológico do EHAMa, o que justifica em parte o uso desta espécie pela população. No entanto, são necessários novos estudos para conhecimento dos princípios ativos da espécie e dos seus possíveis mecanismos de ação.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/601
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