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Título: A luta Borari e Arapium por um território encantado no Rio Maró: autodemarcação e retomadas
metadata.dc.creator: GARCIA, Luiz Felipe dos Santos Pinto
Palavras-chave: Território;Territorialidade;Terra Indígena Maró;Autodemarcação;Retomadas
Data do documento: 19-Abr-2018
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: GARCIA, Luiz Felipe dos Santos Pinto. A luta Borari e Arapium por um território encantado no Rio Maró: autodemarcação e retomadas. Orientador: Maurício Torres. 2018. 130 f. Dissertação (Recursos Naturais da Amazônia) - Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Amazônia, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/608. Acesso em:
Abstract: This thesis search to describe the autodemarcação and retomadas performed by the Borari and the Arapium people from the Indigenous Territory of Maró from 2007 forward. Through open interviews, spoken life histories and direct observation in loco, I was able to remark that this process, as consequence from the invasion of logging companies into the native lands of these groups from the early 2000’s on, fomented to amplify the group's control over their territory. The process described in this paper’s research contributes with the strengthening of the group's territoriality and traditional patterns of community living. The concepts and practices engaged by the group are results from both their own culture and the ones from Western societies. Those were articulated to fit the group's project of territorial integrity. To conclude this, the research come from the analysis of the attacks against the natives people's territorial rights since the beginning of the XXI century, especially the ones proposed in the PEC 215/00 and the 'Marco Temporal’ thesis. These legal and regulatory attacks are read as tools that seek to consolidate an economic program that is based on the productive expansion and export of agromineral commodities. As for Latin America and Brazil matters, this economic model is clearly expressed, respectively, in the IIRSA and the PAC. To understand the conflicts between capitalist territorial delimitation and native delimitation, I present a reflexion about the historical background of the territorial conflicts at the Tapajós region and the native reactions to colonization. I also analyse some of the most important aspects of the territoriality from the Maró natives. This study is crucial to understand the conflicts brought by the logging industry and to understand the self-demarcation and retakes on the indigenous territory of Maró, collating with other similar processes, emphasizing the aspects that may collaborate to their comprehension as native’s fights for territory.
Resumo: Esse trabalho busca descrever a autodemarcação e retomadas realizadas pelos Borari e Arapium da TI Maró a partir do ano de 2007. Através de entrevistas abertas e de história oral de vida e da observação direta em campo pude observar que esse processo, consequência da invasão de madeireiras no território tradicional do grupo a partir do início dos anos 2000, contribuiu para ampliar o controle do grupo sobre seu território. O processo descrito nesta pesquisa contribui para o fortalecimento da territorialidade do grupo e de padrões tradicionais de bem-viver. Os conceitos e práticas acionados pelo grupo são oriundos tanto de sua própria cultura como da sociedade ocidental. Eles são articulados para atender ao projeto do grupo de garantia de seu território. Para chegar a essas conclusões, a pesquisa parte de uma análise de ataque aos direitos territoriais indígenas desde início do século XXI, especialmente as propostas contidas na PEC 215/00 e a tese do Marco Temporal. Esses ataques jurídicos e legislativos são interpretados como ferramentas que buscam legitimar um programa econômico baseado na expansão da produção e da exportação de commodities agrominerais. Na América do Sul e no Brasil, esse modelo econômico está claramente expresso, respectivamente, na IIRSA e no PAC. Para compreender o choque entre a territorialização capitalista e a indígena, faço uma reflexão sobre o histórico dos conflitos territoriais na bacia do baixo Tapajós e as reações indígenas à colonização. Também analiso alguns dos aspectos mais importantes da territorialidade dos indígenas do Maró. Essa análise é importante para compreender o conflito instalado pela chegada dos madeireiros e para compreender a autodemarcação e retomada. Por fim, descrevo a autodemarcação e as retomadas na TI Maró, cotejando com outros processos semelhantes, ressaltando aspectos que possam contribuir para compreensão dos mesmos como lutas nativas por território.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/608
Aparece nas coleções:Dissertações em Recursos Naturais da Amazônia (Mestrado)

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