Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/783
Título: As vozes das crianças às margens do rio Tapará: ser criança na comunidade Tapará Grande – Santarém/PA
metadata.dc.creator: PRIANTE, Priscila Tavares
Palavras-chave: Ser criança;Bioecologia;Educação
Data do documento: 2016
Editor: Universidade Federal do Oeste do Pará
Citação: PRIANTE, Priscila Tavares. As vozes das crianças às margens do rio Tapará: ser criança na comunidade Tapará Grande – Santarém/PA. Orientadora: Iani Dias Lauer Leite. 2015. 200fls. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/783
Abstract: In Brazil, studies that conceive of childhood as a social phenomenon is relatively new. Such searches have been busy investigating children's groups living in situations of risk or Indian children. Other works have sought to extend the knowledge about the concept of childhood, from their own children and in different contexts. Accordingly, we sought to identify what the concept that children of five to six years of age, in lowland community known as Cover Large, in Santarém-PA, have about what it means to be a child. Participated in 16 children, 8 girls and 6 boys. Data collection instrument was used to complete Story (MARTINS, 2000). And in the collection of data on the context bioecológico that make up the reality of the children surveyed, the instruments were used: screenplay by focus group, applied by means of focus group with children; the Resource Inventory of the family environment-and RAF-demographic Data sheet, filled out by the parents of the children, and the tour for the children in the community. For data analysis we used the technique of the collective subject discourse – DSC (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2012) and Narrative Analysis (HUBERMAN; Miles, 1991). As context, it was observed that the routine of children in relation to the means of locomotion, the spaces used and types of games occur according to the possibilities of full and dry periods the river. The results for the topic "what it's like to be a child" were analyzed by age group. The central ideas found in the Group of children with 5 years/up to were: a) the child is small; b) the child is legally and obey your elders; c) what the child does; d) used as a reference; e) what belongs to the child; f) I don't know; g) no doubt. It was observed that the concept of children of 5 years is built from concrete, behavioral and physical references as his own child and the toys. The central ideas found for the Group of 6 years were: a) a baby; b) what baby doesn't make; c) is used as a reference; d) doubt; e) the affirmative to know what it's like to be a child, denoting the figure of the child as one who's baby, as well as the activities that the child performs and himself. Both groups were used as references and brought activities to explain what is a child, but the children of 5 years narrated so more staff, while the children of 6 years have brought the baby and other activities without putting in the statements. Another similarity were the doubts that have arisen about what the child and curiosities. So, it was noticed that the concepts of children reflect elements of the context of development, relations with the family, with the spaces and people in the community. These results contribute to the expansion of the theoretical field about childhood, in particular in the northern region of Brazil, to the methodological field that has the child with subject and focus of research.
Resumo: No Brasil, estudos que concebem a infância como fenômeno social são relativamente novos. Tais pesquisas têm se ocupado em investigar grupos infantis que vivem em situações de risco ou crianças indígenas. Outros trabalhos buscaram ampliar o conhecimento sobre o conceito de infância, contado a partir das próprias crianças e em diferentes contextos. Nesse sentido, buscou-se identificar qual o conceito que crianças de cinco a seis anos de idade, na comunidade de várzea conhecida como Tapará Grande, em Santarém-PA, têm sobre o que é ser criança. Participaram 16 crianças, sendo 9 meninas e 6 meninos. Para coleta dos dados foi utilizado o instrumento História pra completar (MARTINS, 2000). E na coleta dos dados relativos ao contexto bioecológico que compõem a realidade das crianças pesquisadas, foram utilizados os instrumentos: Roteiro de Grupo Focal, aplicado mediante grupo focal com as crianças; o Inventário de Recursos do Ambiente Familiar – RAF e Folha de Dados Sociodemográficos, preenchidos pelos pais das crianças, e a visita guiada pelas crianças na comunidade. Para a análise dos dados utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo – DSC (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2012) e Análise Narrativa (HUBERMAN; MILES, 1991). Como dados de contexto, observou-se que a rotina das crianças, em relação aos meios de locomoção, os espaços utilizados e tipos de brincadeiras ocorrem de acordo com as possibilidades dos períodos de cheia e seca do rio. Os resultados encontrados para o tema ―o que é ser criança‖ foram analisados por grupo etário. As ideias centrais encontradas no grupo de crianças com/até 5 anos foram: a) a criança é pequena; b) a criança é legal e obedece os mais velhos; c) o que a criança faz; d) utiliza-se como referência; e) o que pertence à criança; f) não saber; g) dúvidas. Observou-se, que o conceito das crianças de 5 anos constrói-se a partir de referências físicas, comportamentais e concretas como a própria criança e os brinquedos. As ideias centrais encontradas para o grupo de 6 anos foram: a) um bebê; b) o que o bebê não faz; c) utiliza-se como referência; d) dúvida; e) afirmativa de saber o que é ser uma criança. Os resultados apontaram para a figura da criança como aquele que é bebê, bem como as atividades que a criança realiza e a si próprio. Ambos os grupos utilizaram-se como referências e trouxeram atividades para explicar o que é uma criança, as crianças de 5 anos narraram de modo mais pessoal, enquanto que as crianças de 6 anos trouxeram o bebê e outras atividades sem se colocar nas afirmações. Outra semelhança foram as dúvidas que surgiram sobre o que é a criança e curiosidades. Assim, percebeu-se que os conceitos das crianças traduziram elementos do contexto de desenvolvimento, as relações com a família, com os espaços e pessoas da comunidade. Tais resultados contribuem para a ampliação do campo teórico acerca da infância, em especial, na Região Norte do Brasil, ainda, para o campo metodológico que tem a criança com sujeito e foco da pesquisa.
URI: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/783
Aparece nas coleções:Dissertações em Educação (Mestrado)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Disssertação_AsVozesDasCriançasÁsMargensDoRioTapará.pdf2,4 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.