"Eu discordei de um cara": um estudo sobre gênero e pentecostalismo na Assembleia de Deus em Boa Esperança - Santarém/PA

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Universidade Federal do Oeste do Pará

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This paper aims to question the leadership spaces occupied by women in the Assembly of God. This church was founded in 1911 in the capital of Pará by the Swedish missionaries Daniel Berg, Gunnar Vingren and Frida Strandberg, responsible for the introduction of Pentecostal doctrine in Brazil. Currently present in all Brazilian states, it is an institution within which androcentrism reigns and the gender of the faithful designates its functions. Believing that the woman was created to help the man, the church gives her roles as collaborator, not protagonist, and all ministerial positions are assigned to men. Given this, the research questions: i) how gender relations, as an instance of power, act in the church; ii) how the Pentecostal woman observes the place she occupies and; iii) how it deals with androcentrism in the church. Seeking to develop a scribe, as proposed by Conceição Evaristo, the Christian community of which i am a member, whose headquarters is in Boa Esperança, in the rural area of the municipality of Santarém, Pará, was delimited as an ethnographic field of research. It develops through dialogue with members of the prayer circle of married women in the church, and the “ethnographic findings” are analyzed in the light of the theoretical framework of gender studies and Pentecostalism.

Resumo

Este trabalho visa questionar os espaços de liderança ocupados pelas mulheres na Assembleia de Deus. Tal igreja foi fundada em 1911, na capital do Pará, pelos missionários suecos Daniel Berg, Gunnar Vingren e Frida Strandberg, responsáveis pela introdução da doutrina pentecostal no Brasil. Atualmente presente em todos os estados brasileiros, trata-se de uma instituição dentro da qual o androcentrismo impera e o gênero dos fiéis designa suas funções. Crendo que a mulher foi criada com o intuito de auxiliar o homem, a igreja lhe atribui papéis de colaboradora, nunca de protagonista, e todos os cargos ministeriais são destinados aos homens. Diante disso, a pesquisa interroga: i) como as relações de gênero, enquanto instância de poder, atuam na igreja; ii) como a mulher pentecostal observa o lugar que ocupa e; iii) de que forma ela lida com o androcentrismo na igreja. Buscando desenvolver uma escrevivência, como propõe Conceição Evaristo, delimitou-se como campo de pesquisa etnográfica a comunidade cristã da qual sou membra, cuja sede fica em Boa Esperança, na zona rural do município de Santarém, no Pará. Mais especificamente, o trabalho desenvolve-se por meio do diálogo com integrantes do círculo de oração, composto pelas mulheres casadas da igreja, e os “achados etnográficos” são analisados à luz do referencial teórico dos estudos de gênero e pentecostalismo. Constatou-se que as mulheres do círculo de oração, tidas como exemplos de submissão, exercem papéis de liderança que normalmente são destinados a homens, subvertendo, em parte, a lógica androcêntrica

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COSTA, Thaís de Oliveira. "Eu discordei de um cara": um estudo sobre gênero e pentecostalismo na Assembleia de Deus em Boa Esperança - Santarém/PA. Orientadora: Carla Ramos Munzanzu. 2019. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Antropologia) - Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/2466

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