Aspectos limnológicos de lago de várzea e de terra firme na confluência dos Rios Amazonas e Tapajós no período de águas altas

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Universidade Federal do Oeste do Pará

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Os sistemas fluviais Amazonas e Tapajós e seus lagos associados, Maicá e Juá, respectivamente, apesar de estarem muito próximos geograficamente podem apresentar características limnológicas comuns ou distintas entre si. De acordo com a feição geomorfológica da região, o lago Juá está inserido na planície de inundação do rio Tapajós e o lago do Maicá na planície do rio Amazonas. A presente pesquisa objetivou comparar os perfis limnológicos entre os canais principais dos Rios Tapajós e Amazonas e entre dois lagos conectados a cada um desses sistemas, avaliando suas similaridades limnológicas. Oito parâmetros foram investigados: profundidade, temperatura, transparência, oxigênio dissolvido, condutividade, sólidos totais dissolvidos, pH e turbidez. Os resultados aferidos superficialmente e ao longo da coluna d`água, demostram a existência de diferenças limnológicas significativas entre os corpos d’água. Os parâmetros condutividade elétrica, totais de sólidos dissolvidos e turbidez foram os que mais contribuíram para a diferenciação limnológica do rio Amazonas em relação aos demais. O parâmetro oxigênio dissolvido foi o que determinou a particularização limnológica do lago Juá. Este lago está contido na planície de inundação do rio Tapajós, contudo suas águas não refletem a composição limnológica daquele. Assim, infere-se que a maior contribuição para as características limnológicas do referido lago, sejam advindas das águas internas da bacia de drenagem via seus pequenos igarapés formadores. A água que circula no lago Maicá, mesmo este estando contido na planície de inundação do rio Amazonas, apresenta mais características limnológicas das águas do rio Tapajós. Isso deve-se ao fato, de que no local que estes rios confluem em frente à cidade de Santarém, suas calhas parecem ainda se ajustar paralelamente, e assim devido a intensa pressão que a vazão do rio Amazonas exerce sobre a calha do rio Tapajós, as água deste, desviam o seu fluxo para dentro da planície de inundação da margem direita do rio Amazonas, abastecendo o lago Maicá. Assim, a água do lago do Maicá, é uma água mista composta por águas dos rios Amazonas e Tapajós, esta última assumindo maior presença dentro do lago, a qual determina a assinatura limnológica do mesmo. Apenas no lago Juá foram evidenciadas estratificação química e térmica características de lagos limnológicamente verdadeiros. O lago do Maicá não é um lago limnológicamente verdadeiro e, sim, uma restinga em avançado estágio de colmatação fluvial, o que é corroborado pela ausência de estratificação observada nesse sistema. Por fim, é provável que em uma curta escala de tempo geológico a dinâmica da paisagem amazônica influencie na transformação do lago Maicá, para um ambiente totalmente colmatado.

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TOMÉ, Adriele de Castro. Aspectos limnológicos de lago de várzea e de terra firme na confluência dos Rios Amazonas e Tapajós no período de águas altas. Orientador: José Reinaldo Pacheco Peleja. 2017. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Sanitária e Ambiental) - Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/2650

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