A estrutura filogenética de comunidades de Zingiberales amazônicas responde a gradientes edáficos e climáticos
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Universidade Federal do Oeste do Pará
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Observar e entender como as comunidades de plantas se constituem ao longo de um amplo espaço geográfico levando em consideração um ambiente altamente heterogêneo, que tem se mostrado um fator de extrema importância na origem e na manutenção de processos ecológicos e evolutivos, pode fornecer informações valiosas sobre como operam os processos de estruturação das comunidades. Nesse sentido, levantamos a seguinte questão: como os gradientes edáficos, climáticos e hidrológicos locais influenciam os padrões da estrutura filogenética das comunidades da ordem Zingiberales ao longo de toda a região Amazônica? Para isso, baixamos dados de ocorrência de Zingiberales ao longo de toda a região Amazônica do Global Biodiversity Information Facility (GBIF) e calculamos as métricas de diversidade filogenética: Standardized effect size (SES) de mean pairwise distances (SES.MPD), mean nearest taxon distances (SES.MNTD) e Phylogenetic Diversity (SES.PD). Em seguida, analisamos a influência dos gradientes edáficos, climáticos e hidrológicos sobre os padrões da estrutura filogenética das comunidades a partir das análises de modelos lineares. Solo e clima afetaram a diversidade e estrutura filogenética das comunidades. Comunidades com maior SES.PD estão presentes em regiões onde os solos são mais arenosos e possuem menor concentração de nitrogênio, e onde o clima apresenta menor precipitação anual. Houve um aumento do agrupamento filogenético nas regiões com temperatura média anual mais alta e com solos mais ácidos (SES.MPD), e em regiões de solos menos arenosos e argilosos (SES.MNTD). A condição hidrológica local não influenciou significativamente as relações filogenéticas das plantas em suas comunidades. Concluímos que os gradientes edáficos influenciam fortemente na diversidade e estrutura filogenética das comunidades de Zingiberales, tanto em uma escala de tempo evolutivo mais raso (SES.PD e SES.MNTD) quanto mais profunda (SES.MPD), reforçando ainda mais a importância da heterogeneidade edáfica, que impulsiona a distribuição dos padrões florísticos da região Amazônica. Além disso, também enfatizamos o fato de que nosso estudo abrangeu uma escala espacial continental e, provavelmente graças a esse fato, conseguimos identificar a influência do gradiente climático na estrutura filogenética das comunidades herbáceas amazônicas.
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BATISTA, Darlisson Mesquita. A estrutura filogenética de comunidades de Zingiberales amazônicas responde a gradientes edáficos e climáticos. Orientador: Thiago José de Carvalho André; Coorientadora: Amanda Frederico Mortati. 2023. 72 p. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade) - Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas, Programa de Pós-graduação em Biodiversidade, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/2619. Acesso em: .
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