A luta Borari e Arapium por um território encantado no Rio Maró: autodemarcação e retomadas
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Universidade Federal do Oeste do Pará
Resumo
This thesis search to describe the autodemarcação and retomadas performed by the Borari
and the Arapium people from the Indigenous Territory of Maró from 2007 forward. Through
open interviews, spoken life histories and direct observation in loco, I was able to remark that
this process, as consequence from the invasion of logging companies into the native lands of
these groups from the early 2000’s on, fomented to amplify the group's control over their
territory. The process described in this paper’s research contributes with the strengthening of
the group's territoriality and traditional patterns of community living.
The concepts and practices engaged by the group are results from both their own culture and
the ones from Western societies. Those were articulated to fit the group's project of territorial
integrity. To conclude this, the research come from the analysis of the attacks against the
natives people's territorial rights since the beginning of the XXI century, especially the ones
proposed in the PEC 215/00 and the 'Marco Temporal’ thesis. These legal and regulatory
attacks are read as tools that seek to consolidate an economic program that is based on the
productive expansion and export of agromineral commodities.
As for Latin America and Brazil matters, this economic model is clearly expressed,
respectively, in the IIRSA and the PAC. To understand the conflicts between capitalist
territorial delimitation and native delimitation, I present a reflexion about the historical
background of the territorial conflicts at the Tapajós region and the native reactions to
colonization. I also analyse some of the most important aspects of the territoriality from the
Maró natives.
This study is crucial to understand the conflicts brought by the logging industry and to
understand the self-demarcation and retakes on the indigenous territory of Maró, collating
with other similar processes, emphasizing the aspects that may collaborate to their
comprehension as native’s fights for territory.
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Esse trabalho busca descrever a autodemarcação e retomadas realizadas pelos Borari e
Arapium da TI Maró a partir do ano de 2007. Através de entrevistas abertas e de história oral
de vida e da observação direta em campo pude observar que esse processo, consequência da
invasão de madeireiras no território tradicional do grupo a partir do início dos anos 2000,
contribuiu para ampliar o controle do grupo sobre seu território. O processo descrito nesta
pesquisa contribui para o fortalecimento da territorialidade do grupo e de padrões tradicionais
de bem-viver. Os conceitos e práticas acionados pelo grupo são oriundos tanto de sua própria
cultura como da sociedade ocidental. Eles são articulados para atender ao projeto do grupo de
garantia de seu território. Para chegar a essas conclusões, a pesquisa parte de uma análise de
ataque aos direitos territoriais indígenas desde início do século XXI, especialmente as
propostas contidas na PEC 215/00 e a tese do Marco Temporal. Esses ataques jurídicos e
legislativos são interpretados como ferramentas que buscam legitimar um programa
econômico baseado na expansão da produção e da exportação de commodities agrominerais.
Na América do Sul e no Brasil, esse modelo econômico está claramente expresso,
respectivamente, na IIRSA e no PAC. Para compreender o choque entre a territorialização
capitalista e a indígena, faço uma reflexão sobre o histórico dos conflitos territoriais na bacia
do baixo Tapajós e as reações indígenas à colonização. Também analiso alguns dos aspectos
mais importantes da territorialidade dos indígenas do Maró. Essa análise é importante para
compreender o conflito instalado pela chegada dos madeireiros e para compreender a
autodemarcação e retomada. Por fim, descrevo a autodemarcação e as retomadas na TI Maró,
cotejando com outros processos semelhantes, ressaltando aspectos que possam contribuir para
compreensão dos mesmos como lutas nativas por território.
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GARCIA, Luiz Felipe dos Santos Pinto. A luta Borari e Arapium por um território encantado no Rio Maró: autodemarcação e retomadas. Orientador: Maurício Torres. 2018. 130 f. Dissertação (Recursos Naturais da Amazônia) - Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Amazônia, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/608. Acesso em:
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