O que pode a educação em tempos de pandemia? Um estudo de revisão sobre o ensino remoto entre os anos de 2020 e 2022

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Universidade Federal do Oeste do Pará

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The aim of this research is to comprehend the phenomenon of Emergency Remote Teaching (ERT) within the realm of scientific knowledge, taking into account the roles played by digital information and communication technologies (DICTs), as well as their limits and possibilities in shaping education during the pandemic period. It is a qualitative study (Gil, 2008), with a bibliographic nature incorporating elements of a systematic literature review (Okoli, 2019), and data analysis grounded in the principles of content analysis (Bardin, 2021). To understand ERT, the research focused on academic knowledge produced and published on the subject in the Brazilian context between 2020 and 2022. The theoretical framework of the research engages with studies and authors from fields of education, digital culture, and their interfaces (Nóvoa, 2022; Gatti, 2020; Selwyn, 2011; 2013; Facer and Selwyn, 2021). In terms of results, the research revealed: 1) Semantic profusion in the process of naming and characterizing educational modalities implemented in response to the pandemic crisis, with researchers making efforts to distinguish ERT from niches like distance education while drawing on theoretical and methodological elements from e-learning and blended learning; 2) Official documents (resolutions, ordinances, and decrees) at the federal, state, and municipal levels both helped standardize teaching activities in the context of social isolation and generated conflicts expressed in the realm of legal uncertainty and the legality of ERT, the use of technologies for the target audience of early childhood education, the lack of clear didactic and administrative guidelines for implementing ERT, and the efficiency of the state in ensuring material, organizational, and financial conditions for the full compliance with new regulations; 3) In terms of teaching strategies and techniques, activities to familiarize with and for the use of technologies, new dynamics of interaction between school and home spaces, recording and production of data on learning processes, active search for students, reconfiguration/expansion of teachers' didactic repertoires, and the establishment of partnerships between schools and the community for the distribution of activities and content stand out. Finally, at least in the core of academic discourse, there is a trend towards increased public and private investment in the integration of digital culture into education in the (post)pandemic scenario.

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Esta pesquisa teve por objetivo compreender o fenômeno do ensino remoto emergencial (ERE) no âmbito do conhecimento científico, levando em conta os papéis cumpridos pelas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), bem como seus limites e possibilidades na construção da educação no período pandêmico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa (Gil, 2008), de natureza bibliográfica com elementos de revisão sistemática de literatura (Okoli, 2019), cuja análise dos dados está ancorada nos pressupostos da análise de conteúdo (Bardin, 2021). Para compreender o ERE, optou-se pelo recorte que abrange o conhecimento acadêmico produzido e publicado sobre o assunto em contexto brasileiro entre os anos de 2020 e 2022. Quanto à sua fundamentação teórica, a pesquisa dialoga com estudos e autores de campos da educação, da cultura digital e de suas interfaces (Nóvoa, 2022; Gatti, 2020; Selwyn, 2011; 2013; Facer e Selwyn, 2021). Em termos de resultados, a pesquisa evidenciou: 1) A profusão semântica no processo de nomeação e caracterização de modalidades educacionais implementadas em resposta à crise pandêmica, com destaque para o empenho de pesquisadores dissociarem o ERE de nichos como a educação à distância, ao mesmo tempo em que recorrem a elementos teóricos e metodológicos do e-learning e do ensino híbrido; 2) Os documentos oficiais (resoluções, portarias e decretos) publicados em âmbito federal, estadual e municipal tanto ajudaram a normatizar as atividades de ensino em contexto de isolamento social, quanto geraram atritos expressos no plano da (in)segurança jurídica e legalidade do ERE, do uso das tecnologias para o público-alvo da educação infantil, da falta de orientações didáticas e administrativas claras para implementação do ERE, da eficiência do estado no que tange à garantia das condições materiais, organizacionais e financeiras para o pleno cumprimento dos novos regramentos; 3) No âmbito das estratégias e técnicas de ensino, destacam-se atividades de familiarização com e para o uso das tecnologias, novas dinâmicas de interação entre espaços escolares e domésticos, registro e produção de dados sobre os processos de aprendizagem, busca ativa dos estudantes, reconfiguração/ampliação dos repertórios didáticos dos docentes, estabelecimento de parcerias entre escolas e a comunidade para distribuição de atividades e conteúdos. Por fim, desenha-se, ao menos no cerne do discurso acadêmico, a tendência de intensificação do investimento público e privado nos processos de integração da cultura digital à educação no cenário (pós)pandemia.

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MACHADO, Edimar de Andrade. O que pode a educação em tempos de pandemia? Um estudo de revisão sobre o ensino remoto entre os anos de 2020 e 2022. Orientador: Gilson Cruz Junior. 2023. 300 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/2736. Acesso em: .

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