Associação entre polimorfismos em genes da via metabólica do ácido fólico e a exposição ao mercúrio em uma população ribeirinha do Baixo Tapajós
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Universidade Federal do Oeste do Pará
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Mercury (Hg) is considered one of the most dangerous metals for the environment and human health. High levels of Hg can contribute to the development of diseases and cause damage to the central nervous system. Glutathione (GSH) plays an important role in the toxicokinetics of Hg in the body. The formation of GSH occurs through the transsulfurization pathway of the homocysteine metabolic pathway, which uses folic acid as a source of methyl group for its proper functioning. Factors such as deficiency in folic acid consumption and polymorphisms in genes related to its metabolic pathway can indirectly interfere with GSH synthesis. Considering the relationship between folic acid and GSH, and the relationship of GSH in the toxicokinetics of Hg, the objective of this work was to evaluate whether there is an association between polymorphisms in genes of the folic acid metabolic pathway and exposure to Hg in residents of communities riverside of Baixo Tapajós. 166 residents of riverside communities in Baixo Tapajós, in Santarém (PA), were included. Mercury measurement was performed using atomic absorption spectrometry. Those who presented total Hg levels above those recommended by the WHO (>10 μL) were considered exposed; The majority of participants (85.5%) had Hg levels above the limit recommended by the WHO, among them (59.9%) had Hg levels between 10μg/L and 30 μg/L, 21.1% had levels of Hg between 31 μg/L and 50 μg/L and 19.0% had levels above 50μg/L, of which 6 were above 100μg/L. genotyping of the rs1801133 677C>T and rs2236225 c.1958G>A polymorphisms was performed using real-time PCR. The majority of individuals (85.5%) had Hg levels above those recommended by the WHO. As for the MTHFR gene, in the subgroup of those exposed to the homozygous wild genotype (CC) and homozygous mutant (TT), the frequencies were 30.6%, and the median Hg levels were 27.30 μg/L and 28.50 μg/ L, respectively. In the MTHFD1 gene, the genotypes that presented the highest frequency were: wild homozygous (GG) (45%) and mutant homozygous (AA) (26%). Furthermore, the GG genotype presented a higher median Hg concentration (29.98 μg/L). When jointly evaluating the dominant and recessive models, it was observed that the median Hg levels were higher among those who presented a dominant model for both polymorphisms (19.09 μg/L) compared to those who had the recessive model for both polymorphisms. polymorphisms (13.2 μg/L). An association was observed between the studied polymorphisms and Hg levels. The TT genotype (rs1801133 c.677C> of the MTHFR gene) and the TT/AA combination (double mutants) demonstrated an association with lower Hg levels, when compared to the wild-type double homozygous and heterozygous genotypes. However, more studies are still needed to better understand the effect of these and other genes in the folic acid metabolic pathway on Hg levels.
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O mercúrio (Hg) é considerado um dos metais mais perigosos para o ambiente e para a saúde humana. Altos níveis de Hg podem contribuir para o desenvolvimento de doenças e acarretar danos ao sistema nervoso central. A glutationa (GSH) tem papel importante na toxicocinética do Hg no organismo. A formação da GSH acontece a partir da via de transulfuração da via metabólica da homocisteína que utiliza o ácido fólico como fonte de grupamento metil para seu funcionamento adequado. Fatores como a deficiência no consumo de ácido fólico e polimorfismos em genes relacionados à sua via metabólica podem interferir indiretamente na síntese da GSH. Considerando a relação entre o ácido fólico e a GSH, e a relação da GSH na toxicocinética do Hg, o objetivo deste trabalho foi avaliar se existe associação entre os polimorfismos em genes da via metabólica do ácido fólico e a exposição ao Hg em moradores de comunidades ribeirinhas do Baixo Tapajós. Foram incluídos 166 moradores de comunidades ribeirinhas do Baixo Tapajós, em Santarém (PA). A dosagem de mercúrio foi feita por espectrometria de absorção atômica. Foram considerados expostos aqueles que apresentaram níveis de Hg total acima do recomendado pela OMS (>10 μL); A maioria dos participantes (85,5%), apresentou níveis de Hg acima do limite recomendado pela OMS, entre eles (59,9%) apresentaram níveis de Hg entre 10μg/L e 30 μg/L , 21,1% apresentaram níveis de Hg entre 31 μg/L e 50 μg/L e 19,0% apresentaram níveis superiores a 50μg/L, dos quais 6 eram acima de 100μg/L. A genotipagem dos polimorfismos rs1801133 677C>T e rs2236225 c.1958G>A foi realizada através da PCR em tempo real. Quanto ao gene MTHFR, no subgrupo dos expostos o genótipo homozigoto selvagem (CC) e homozigoto mutante (TT) as frequências foram 30,6%, e a mediana dos níveis de Hg foi 27,30 μg/L e 28,50 μg/L, respectivamente. No gene MTHFD1, os genótipos que apresentaram maior frequência foram: homozigoto selvagem (GG) (45%) e o homozigoto mutante (AA) (26%). Além disso, o genótipo GG apresentou maior mediana na concentração de Hg (29,98 μg/L). Ao avaliar conjuntamente os modelos dominantes e recessivos, observou-se que os níveis medianos de Hg foram mais altos entre aqueles que apresentaram modelo dominante para ambos os polimorfismos (19,09 μg/L) em comparação aos que eram do modelo recessivo para ambos os polimorfismos (13,2 μg/L). Foi observado associação entre os polimorfismos estudados e os níveis de Hg. O genótipo TT (rs1801133 c.677C> do gene MTHFR) e a combinação TT/AA (duplo mutantes) demonstraram associação com níveis mais baixos de Hg, quando comparado aos genótipos duplo homozigoto selvagem e heterozigotos. Contudo, ainda são necessários mais estudos para entender melhor qual é efeito destes e outros genes da via metabólica do ácido fólico sobre níveis de Hg.
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SOARES, Johnnasson de Medeiros. Associação entre polimorfismos em genes da via metabólica do ácido fólico e a exposição ao mercúrio em uma população ribeirinha do Baixo Tapajós. Orientadora: Heloísa do Nascimento de Moura Meneses. 2024. 70 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde ) – Instituto de Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/handle/123456789/2606. Acesso em: .
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